Devoto de João de Deus diz que local onde japonesa foi morta virou alvo de bandidos após prisão do médium

Cadáver de Hitomi Akamatsu foi encontrado abandonado em uma das terras da Casa Dom Inácio de Loyola.

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Hitome Akamatsu, uma mulher de origem japonesa com 43 anos, foi encontrada morta próxima a uma cachoeira, em região de mata, na propriedade da Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO) neste domingo. Um adolescente de 18 anos foi detido pela Polícia Civil e teve a prisão preventiva decretada. Ele confessou o crime, alegando ter cometido latrocínio (roubo seguido de morte) para auferir dinheiro que seria utilizado no pagamento de dívida com traficantes de drogas.

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De acordo com a Polícia Civil, o acusado teria utilizado uma camiseta para asfixiar a mulher. Hitome teria resistido ao crime, mas não conseguiu se livrar do assassino. Aos investigadores, o adolescente informou que tomou a decisão de matar a vítima após o roubo por medo de ser denunciado posteriormente.

Ao Correio Braziliense, um frequentador da clínica espiritual de João de Deus, que preferiu se manter no anonimato, disse acreditar que Hitome pudesse ser vítima do assassinato enquanto fazia um retiro espiritual na cachoeira, prática comum entre os seguidores do médium.

“Ela se recolhia em alguns momentos para meditar na cachoeira, o que é comum entre os frequentadores. Mas, depois do que ocorreu (a prisão de João de Deus), ocorreu um abandono total. A área ficou mais perigosa, e passou a ocorrer delitos que não eram registrados anteriormente”, explica um dos fiéis.

A mulher era vítima da tragédia nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011. Ela desenvolveu câncer e veio para o Brasil buscando ajuda na clínica de João de Deus, a qual possui fama internacional em decorrência de suas supostas curas.

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