Sobrevivente de Fukushima morta em terras de João de Deus teria sido atacada enquanto meditava em cachoeira

Hitomi Akamatsu, de 43 anos, lutava contra um câncer após tragédia nuclear em 2011 no Japão.

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Hitomi Akamatsu, um japonesa de 43 anos, foi encontrada morta em uma região de mata no interior de uma propriedade do médium João de Deus, gestor da Casa Dom Inácio de Loyola. A mulher se mudou para o Brasil após desenvolver um câncer, possivelmente em decorrência do acidente nuclear na usina de Fukushima, em Japão, no ano de 2011, do qual foi vítima.

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O corpo foi localizado pelo Corpo de Bombeiros no último domingo (15) durante um trabalho de buscas que contou com o auxílio de cães farejadores. A Polícia Civil trabalhavam com o desaparecimento da vítima após queixa prestada por uma amiga da japonesa, que por mais de uma semana não conseguia nenhum tipo de contato.

O corpo de Hitomi Akamatsu foi encontrado com marcas de violência, incluindo estrangulamento. Um frequentador da Casa Dom Inácio de Loyola, segundo informações publicadas pelo Correio Braziliense, alega que a japonesa teria sido assassinada no momento em que meditava em um retiro espiritual nas proximidades de uma das cachoeiras da propriedade.

“Ela se recolhia em alguns momentos para meditar na cachoeira, o que é comum entre os frequentadores. Mas, depois do que ocorreu (a prisão de João de Deus), ocorreu um abandono total. A área ficou mais perigosa, e passou a ocorrer delitos que não eram registrados anteriormente”, diz o suposto frequentador, que preferiu se manter no anonimato.

Nesta terça-feira (17), a Polícia Civil chegou a prender um jovem que confessou ter matado Hitomi. Ele alegou aos investigadores ter uma dívida com o tráfico de drogas e foi atrás de uma vítima para realizar o assalto. Com medo de ser denunciado por Hitomi, decidiu asfixiá-la, usando a própria blusa.

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