Guedes dá declaração positiva sobre possível prorrogação do Auxílio Emergencial: ‘Não é possibilidade, é certeza’

A última prorrogação do benefício ocorreu no início de setembro, com mais quatro parcelas adicionais.

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Criado pelo governo federal para aquecer a economia e ser uma “válvula de escape” para milhões de brasileiros em tempos de pandemia, o Auxílio Emergencial tem o seu calendário de pagamentos vigente até o próximo mês. Contudo, depois de endossar um discurso de que não haveria uma nova prorrogação do programa, o governo federal já começa a mudar o tom da conversa, sinalizando que o benefício pode continuar em 2021.

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Responsável pelo Ministério da Economia, Paulo Guedes voltou a falar nesta quinta-feira (12), que o governo pode estender novamente o programa caso o Brasil viva uma segunda onda da Covid-19, cenário que tem sido visto em alguns países europeus. 

“Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial”, afirmou Guedes, contrariando seu discurso anterior, no qual destacava que o programa não seria renovado para 2021.

Ainda segundo Guedes, essa não é a expectativa, mas destacou que a equipe econômica está preparada para viabilizar a extensão, caso seja necessário, será criado um plano de contingência. 

Planos iniciais

O intuito do governo federal logo quando anunciou a mais recente extensão do Auxílio Emergencial, que inclusive teve valores reduzidos em 50%, era fazer com que o programa “aterrissasse” no Bolsa Família ou Renda Cidadã – programa este que o governo ainda discute uma forma de financiamento. 

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Com o travamento das tratativas pelo Renda Cidadã, diversos parlamentares estão endossando o coro pedindo a prorrogação do estado de calamidade, vigente até o dia 31 de dezembro. Com a ampliação deste recurso, o governo poderia prolongar mais uma vez o Auxílio Emergencial. Os gastos expressivos com o benefício, no entanto, aparecem como grande entrave, uma vez que nunca na história do Brasil, o governo distribuiu tanto dinheiro à população.