Auxílio Emergencial: Maia define se governo prorrogará benefício e estenderá estado de calamidade até 2021

Presidente da Câmara dos Deputados foi enfático ao abordar sobre o assunto em entrevista ao Valor Econômico.

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Alento dos brasileiros em tempos de pandemia, o Auxílio Emergencial tem sido uma “válvula de escape” para milhões de beneficiários. O programa, no entanto, tem seu prazo final vigente até o próximo mês. Chegando próximo da data de encerramento do benefício, muitos rumores e expectativas crescem acerca de uma possível nova extensão.

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Contudo, se depender do governo federal, o programa não deve ser renovado. Depois de Bolsonaro e Paulo Guedes rechaçarem a possibilidade de uma nova prorrogação, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não colocará em votação, ao menos até o dia 1º de fevereiro, a proposta por uma extensão do benefício, bem como do estado de calamidade e orçamento de guerra.

A data marca justamente o seu último dia como presidente na casa. “Nenhum desses assuntos será pautado na Câmara até 1º de fevereiro. O governo que esqueça isso. Não haverá prorrogação da emenda constituição da guerra e não haverá, em hipótese alguma, votação de nenhuma mensagem que prorrogue o estado de calamidade”, disse Maia de forma enfática em entrevista online para o jornal Valor Econômico.

O presidente da Câmara dos Deputados ainda revelou preocupação e pessimismo sobre a falta coordenação política de Bolsonaro para a definição da agenda de reformas e medidas que visam a recuperação da economia.

Renda Cidadã congelado

Por conta do período eleitoral, a discussão para a aprovação e financiamento de valores para o Renda Cidadã, programa social que substituirá o Bolsa Família, segue parado, e as conversas só serão retomadas no próximo mês. Muitos especialistas colocam que este atraso pode impactar em uma nova extensão do Auxílio Emergencial.

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O governo federal, por sua vez, a exemplo de outros momentos, nega a possibilidade de prorrogação. Nas outras oportunidades, no entanto, este foi o discurso, e o governo estendeu o programa. O alto custo para financiar o Auxílio é que aparece como grande entrave, tendo em vista o volume de brasileiros que recebem o benefício.