‘Só lembro do desespero’, diz borracheiro que abrigou vítimas de incêndio em hospital que matou 3 pessoas

O português José Paiva, de 72 anos, teve papel importantíssimo para salvar vidas do trágico incêndio do Hospital Federal de Bonsucesso.

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O português José Paiva, de 72 anos, teve um papel preponderante para o resgate dos pacientes que precisaram ser evacuados às pressas após incêndio que atingiu o Hospital Federal de Bonsucesso na manhã desta terça-feira, dia 27 de outubro. Ele é o proprietário da loja de Serviços Automotivos e Borracharia Rio Paiva, e acomodou no estabelecimento vários dos pacientes que foram retirados no prédio.

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Diversos automóveis de clientes que estavam estacionados no galpão de sua loja foram retirados com urgência, a fim de dar espaço para que um número maior de marcas pudesse ser recebido. A generosidade de José Paiva ajudou a salvar várias vidas deste trágico incêndio que matou três pessoas.

“Uma moça, aflita, pediu ajuda. Eu mandei que entrassem. Eram umas 40 macas aqui. Só lembro do desespero de todos. Tinha parentes chorando e correria de enfermeiros”, recorda Paiva. Os pacientes em estados mais graves receberam os primeiros socorros dentro do estabelecimento, até que ambulâncias fizessem o remanejo para outros hospitais da região.

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Corrente de solidariedade

José Paiva foi o início do grande elo de solidariedade formado em prol das vítimas do incêndio do Hospital Federal de Bonsucesso. A técnica de enfermagem Ana Cristina Ribeiro voltava de uma consulta quando percebeu o que estava acontecendo na loja de pneus de José Paiva e, com os seus conhecimentos técnicos, correu para ajudar.

“Moro aqui pertinho e nasci no Hospital de Bonsucesso. Desci do ônibus para ir para casa quando vi a fumaça e o alvoroço. Estou de férias, mas não pensei duas vezes. Corri para a porta do hospital e comecei a ajudar”, recorda Ana Cristina Ribeiro.