Julia Campos tinha somente 48 anos de idade, quando perdeu sua vida para a Covid-19. A mulher tentou de tudo para ser atendida no médico, mas encontrou sempre resistência do outro lado da linha. Mesmo com febre e passando muito mal, Julia não conseguiu consulta médica. “O que tem são muitos nervos e o que necessita é de um psicólogo”, teria falado o médico na última chamada. 24 horas depois, Julia morria por Covid-19, na Estremadura, Espanha.
Julia morreu de Covid-19, após ter negada assistência
Durante vários dias, Julia tentou ligar com o médico. Essa é a recomendação na Espanha. Em caso de febres ou outros sintomas Covid, o doente deve ligar para o posto médico, aguardando recomendações para fazer o teste. Porém, não foi isso que aconteceu com Julia Campos que, entretanto, já tinha se isolado com seu marido e filhos, em casa, temendo a doença.
Sem qualquer problema de saúde anterior, Julia se queixava de temperaturas altas, sempre acima dos 39 graus, e dificuldades para respirar. Porém, o médico foi sempre desvalorizando e, no último dia, falou mesmo que o problema de Julia era nervos e que ela precisava de um psicólogo e de se acalmar. Porém, menos de 24 horas depois de essa última chamada, Julia morreu de Covid.
Marido de Julia exige Justiça
Também seu marido e um de seus três filhos testariam positivo para Covid-19 após a morte de Julia Campos, na semana passada. De acordo com o jornal El Mundo, o diagnóstico do médico foi sempre que as dificuldades para respirar de Julia se deviam aos nervos. A família contou que a mulher passou toda a noite delirando, tremendo e asfixiando. Na manhã seguinte, eles chamaram o socorro e ainda teriam recebido uma resposta difícil: “Agora sim está mal e não antes”.
Estas teriam sido as palavras da médica, encontrando Julia já inconsciente e, ainda assim, quase desvalorizando todas as tentativas de essa mulher para ser assistida. Agora, o marido promete lutar por justiça e já colocou um advogado para tratar de tudo. “Não podemos devolver sua vida, mas temos de lutar por ela porque não há direito no que aconteceu, ela não tinha morrido se tivessem agido corretamente”, falou o marido José, em declarações para o jornal El Mundo.