Idoso com hérnia gigante de 30kg entra em depressão e perde vontade de viver; SUS adia a cirurgia

A família está entristecida pelo fato dos médicos dizerem que o problema do paciente não é considerado grave.

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Um idoso de 71 anos aguarda ansiosamente por uma cirurgia para a retirada de uma hérnia que já pesa cerca 30 kg. O conteúdo herniário se desenvolveu de tal modo que já toma conta de quase todo o abdômen. O paciente e a família moram em Praia Grande, no litoral de São Paulo, e o problema foi descoberto há cerca de quatro anos, quando começou a surgir feridas na região.

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“Começou do tamanho de um limão. Aquilo estourava, infeccionava, meu pai tinha febre e em seguida a ferida fechava, e desse jeito foi crescendo sem sabermos o que era”, explicou a filha em entrevista ao G1.

A família está entristecida pelo fato de, ao longo dos últimos três anos, os médicos terem dito que o problema não era grave, ao contrário do que está se mostrando. Antes do diagnóstico preciso, foram feitos diversos exames médicos até que profissionais do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, constataram a presença da hérnia.

O conteúdo herniário está tão grande que chega a limitar a movimentação do paciente. Para se sentar, por exemplo, é necessária uma base apenas para repousar a hérnia, para que não ocorram novos ferimentos, capazes de ampliar ainda mais o problema.

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“Ele já não faz mais nada, mal sai na rua e não consegue fazer as necessidades sem ser no banho”, completa a filha. Ao longo da semana, o paciente chega a ficar de dois a três dias inteiros apenas deitado, sem sair da cama. Os problemas de saúde acabaram acarretando uma depressão.

Operação adiada

A família reclama ainda da demora pela marcação de uma cirurgia. O idoso chegou a perder 50 kg, por exigência médica, mas o procedimento voltou a ser adiado da mesma forma. “Mudaram para dezembro, depois para janeiro, fevereiro. E em março veio a pandemia”, declara a familiar. Segundo ela, é triste ouvir dos médicos que o caso de seu pai não é considerado grave.