Horário de Verão 2020 – 2021: Jair Bolsonaro decide se haverá mudança nos relógios do país

O decreto publicado no ano passado aboliu a medida após estudos realizados pelo Ministério de Minas e Energia.

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Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil não terá Horário de Verão. O instrumento foi instituído no ano de 2008 e vigorou até 2018 com o objetivo de tentar amenizar o consumo de energia elétrica nos 10 estados da União que mais consomem durante os meses de outubro a fevereiro, no auge da estação do verão.

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A decisão pelo cancelamento do Horário de Verão foi tomada pelo presidente Jair Bolsonaro no ano de 2019, por meio de um decreto presidencial. Antes da medida ser tomada, ela passou por um estudo rigoroso pelo Ministério de Minas e Energia, que conferiu o aval para a decisão.

A partir dos dados decorrentes deste estudo, a pasta chegou ao resultado de que o consumidor teria uma economia de quase R$ 100 milhões com a extinção do Horário de Verão que, segundo a justificativa para a sua existência, deveria justamente conferir economia para os gastos de energia elétrica.

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O Ministério de Minas e Energia, na época da decisão, avaliou que o advento e disseminação de novas tecnologias alterou o quadro de consumo de energia elétrica no país. O protagonista desta alteração de padrão foi o ar condicionado, cujo uso ampliado fez com que a demanda se tornasse maior nos períodos diurnos, em especial durante a parte da tarde.

Os estudos a respeito da viabilidade do Horário de Verão começaram a surgir no ano de 2017, quando a economia não apresentou índices tão significativos como no passado. Naquele ano, foi apurada uma redução de consumo na casa de 2.185 megawatts, o que correspondeu a aproximadamente R$ 145 milhões. Em 2013, a redução havia sido de R$ 405 milhões, caindo para R$ 159,5 milhões em 2016, uma queda de 60%.