Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, fez uso de um remédio produzido com base em células de fetos abortados. A droga tem sido defendida pelo político como tendo um alto potencial de cura para o coronavírus. Em contrapartida, a prática de aborto tem sido veementemente denunciada pelo presidente e por muitos de seus partidários políticos, o que poderia apresentar uma incongruência de pensamentos.
O medicamento se trata de um coquetel de anticorpos monoclonais desenvolvido pela empresa Regeneron. Donald Trump chegou a ser medicado com 8 gramas desta droga, quando foi internado em um hospital militar para tratar o seu quadro de Covid-19.
As células-tronco usadas para desenvolver o medicamento são conhecidas como HEK-293T, uma linha usada em laboratórios. Elas pertenciam a um rim embrionário após um aborto eletivo, realizado na Holanda, na década de 1970.
Apesar da potencialidade de tratar a Covid-19, o medicamento ainda está em fase de testes, e só foi ministrado para um seleto grupo de 275 pessoas, incluindo o presidente Donald Trump. Ainda não há manifestação pública do empresário sobre a situação.
Donald Trump e o combate ao aborto nos Estados Unidos
Uma das principais bandeiras de campanha política de Donald Trump é vetar completamente a possibilidade do aborto em seu país. Recentemente, o presidente indicou a juíza conservadora católica Amy Coney para a Suprema Corte dos Estados unidos, deixando claras suas pretensões em prol da vida e contra o aborto. Na corrida à Casa Branca, espera-se novos debates ferrenhos sobre o tema.