Mãe abre o coração sobre a dor de perder a filha no 8º mês gravidez: ‘foi do meu ventre ao céu, sem escalas’

A mulher contou sobre a dor e a aceitação de perder uma filha no oitavo mês de gestação.

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Renata Americano é mãe de três crianças, um menino, uma menina e uma anja. Formada em design, a bailarina aposentada atualmente atua como diretora criativa da BlueMan e durante uma entrevista concedida à Vogue abriu o coração e falou sobre a difícil perda da filha no oitavo mês de gravidez.

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A maternidade sempre foi um desejo de Renata que com seis meses de namoro foi pedida em casamento e antes de formar a família o casal resolveu curtir um pouco a vida. Como foi dançarina profissional, ela imaginava que conseguiria engravidar quando quisesse. Ela conta que decidiu engravidar no ano de 2015.

Com uma boa saúde, super ativa e com um percentual de gordura de 9%, Renata achava que seu positivo aconteceria logo no mês seguinte. No entanto, ela teve que entender que o organismo precisa ter menos foco em ser atleta e mais em ser um abrigo. Isso incluía que precisa relaxar um pouco mais na alimentação e exercícios. Sete meses depois, a ex-bailarina engravidou da sua filha primogênita.

A gravidez foi tranquila, sem nenhum tipo de sobressalto. Desde que conseguiu engravidar Renata contou que tinha um grande vínculo com a pequena que estava dentro da barriga. “Vivi uma ligação profunda e visceral com ela. Tão desejada e tão amada. Digo sempre que a mãe já nasce no positivo e, a cada ultrassom, a cada exame, vai se entregando para aquele caminho sem volta do amor incondicional. Em um daqueles momentos inexplicáveis e dilacerantes, minha filha foi do meu ventre ao céu, sem escalas”.

Por causa de uma hemorragia silenciosa, a bebê morreu e Renata quase perdeu a vida no mesmo dia. Ela falou sobre a dor da perda e o quanto foi difícil enfrentar a dor do luto e revelou que chegou a carregar a filha sem vida em seus braços. Para a ex-bailarina, ter que lidar com o puerpério sem a criança nos braços foi algo difícil. Mesmo fazendo uso de medicamentos para secar o leite, seu seio ficava cheio.

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“Por um tempo eu apenas existi. Depois sobrevivi, me permiti sentir toda aquela dor e aos poucos fui renascendo. Fé. É duro, mas acredito que 99% das pessoas evoluem pela dor”, desabafou a mãe. Apesar de todo sofrimento, ela disse que se apoiou na fé para conseguir superar.

Ela deu a volta por cima e estava decidida a engravidar novamente assim que os médicos liberassem. Passado três anos, hoje Renata tem dois lindos filhos, Antônio Pedro e Olívia e apesar da saudade de sua primogênita segue firme e se sente mais forte para ajudar outras pessoas que passam pelo mesmo problema.