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Mais um documentário que narra casos reais estreou na Netflix nas últimas semanas. A plataforma traz a história de Matheryn Naovaratpong, a menina tailandesa que foi congelada pelos pais após ser vítima de um câncer cerebral. De acordo com o site UOL, a menina faleceu no dia 8 de janeiro de 2015, e se tornou a pessoa mais jovem do mundo ao ser congelada com a técnica de criogenia.
O documentário Contornando a Morte narra a saga dos pais de Matheryn em um desejo de “pós-vida” para a filha. Sahatorn e sua esposa, pais da menina, são biomédicos, e tomaram a decisão de utilizar a técnica de congelamento na filha logo após sua morte. O casal nutre a esperança de que Matheryn possa voltar a viver futuramente.
Sahatorn afirmou que no início, teve dúvidas em relação a realizar ou não o procedimento, mas que precisou se agarrar à ideia e explicou todos os detalhes à família. O biomédico afirmou, ainda, que ele e a esposa tem plena certeza de que a volta à vida será possível no futuro, só não sabem precisar quando.
“No passado, poderíamos pensar que levaria 400 ou 500 anos, mas, agora, podemos imaginar que será possível em 30 anos”, disse Sahatorn. A ONG Alcor, do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, foi escolhida pelos pais de Matheryn para que o procedimento fosse realizado. O cérebro da menina foi retirado e levado até o local livre de fluidos. O órgão foi preservado em uma temperatura de -196°C.
O procedimento garante que órgãos sejam congelados sem que os tecidos sejam comprometidos. Os pais de Matheryn acreditam que, mesmo inativo, o cérebro da filha poderá preservar lembranças e a personalidade da menina para o momento em que for “acordado”. Sahatorn e a esposa afirmam que a decisão foi tomada por amor e para garantir que, futuramente, a filha tenha uma nova chance. O casal também planeja ser submetido à técnica de criogenia.