Jair Bolsonaro depõe à Polícia Federal: STF decide nesta quinta-feira (8) como o presidente irá se apresentar

A última sessão com a participação do ministro Celso de Mello, que se aposenta no dia 13 de outubro, julgará a maneira como o presidente irá depor.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá nesta quinta-feira (8) a maneira pela qual o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), irá depor para a Polícia Federal (PF). O julgamento está marcado para começar às 14 horas (de Brasília), e a expectativa é que o chefe do Executivo possa depor por escrito no inquérito que apura a existência – ou não – de interferência nos trabalhos da PF.

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Esta será a última sessão antes da aposentadoria do ministro Celso de Mello, que deixa o STF no próximo dia 13 de outubro. Prestes a completar 75 anos, quando seria aposentado compulsoriamente pela idade, o jurista optou por antecipar a sua despedida da casa.

O processo foi aberto em maio deste ano após denúncias feitas pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, ex-juiz federal Sérgio Moro. Ele alega que o presidente da República planejou interferir nos trabalhos da PF por meio da troca de seu comando. Jair Bolsonaro nega desde sempre todas as acusações neste sentido.

Relembre a saída de Sérgio Moro do governo Jair Bolsonaro

O ex-ministro do governo pediu demissão após a troca do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. Em abril, quando Sérgio Moro deixou o cargo, passou a acusar o presidente da República de pressão para que fosse realizada a troca do comando da superintendência da Polícia Federal, além de exigir o compartilhamento de relatórios de inteligência da PF.

“Pra mim, esse último ato [a exoneração de Valeixo] é uma sinalização de que o presidente me quer realmente fora do cargo. Essa precipitação na exoneração, não vejo muita justificativa”, afirmou Moro na época. O ex-ministro de Jair Bolsonaro sempre viu com olhares preocupados a troca de comando, uma vez que sinalizaria interferência política do presidente da República na PF. Além disso, alega que o chefe do executivo vinha demonstrando o desejo de ser colocado alguém de sua confiança.

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