Apesar dos pagamentos da primeira parcela adicional, no valor de R$ 300, do Auxílio Emergencial já terem começado, parlamentares seguem focados na luta para fazer com que o benefício pago a milhões de brasileiros volte aos R$ 600 mensais.
Membros da oposição do governo decidiram fazer uma obstrução a todas as votações da Câmara dos Deputados, até que a Medida Provisória nº 1000/2000, que fixou a prorrogação do benefício até dezembro, seja votada em plenário.
Os deputados estão pressionando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que a pauta seja votada. Na última segunda-feira (05), Maia participou de uma reunião de reconciliação com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Exigimos a votação da MP. Se a base do governo não queria votar a MP, o governo não deveria então ter mandado. O Brasil não vai suportar a crise sem o auxílio de R$ 600. Por isso, faremos oposição total, por conta da negligência e da irresponsabilidade do governo”, disse José Guimarães, deputado que é líder da Minoria.
Governo de olho
A estratégia do governo é fazer com que a medida não seja votada, uma vez que, como MP, ela tem efeito imediato a partir da data de publicação. Com isso, o novo valor de R$ 300 já está valendo e sendo pago – todos os beneficiários do Bolsa Família, inclusive, já receberam a primeira cota de R$ 300, enquanto os inscritos via site, aplicativo e Cadastro Único, que começaram a receber o benefício em abril, tiveram calendário iniciado na última semana
O grupo de oposição que solicita o aumento do Auxílio Emergencial é composto por PCdoB, PSol, PT, Rede, PSB e PDT.