Situada na Região Metropolitana de João Pessoa, a cidade do Conde vivencia episódios polêmicos envolvendo o padre Luciano Gustavo Lustosa da Silva e a prefeita Márcia Lucena. Enquanto estava realizando a pintura de um cruzeiro, o religioso acabou sendo detido pela Guarda Municipal e foi conduzido para a Delegacia de Polícia de Alhandra.
Diante do ocorrido, o sacerdote não poupou críticas à prefeita do município e disse que foi preso por determinação dela. Por sua vez, Márcia se defende afirmando que tudo foi armado para prejudicá-la.
“Eu não mandei prender ninguém. Pessoalmente, eu não faria isso de forma alguma. Também não existe ordem do comando da Guarda Municipal”, disse a prefeita, que prometeu entrar com uma ação contra o religioso.
Segundo o padre Luciano, a prisão foi motivada por ela ser comunista, argumento comum da Igreja no século passado.
Ouvido por um hora, o padre deixou a delegacia descontente, classificando como arbitrário o fato de ter sido detido enquanto pintava um patrimônio da igreja.
Por outro lado, a prefeita nega que o cruzeiro que o religioso pintava pertencesse à Igreja. A gestão atual tem como cor de campanha o azul, e o sacerdote estava trocando a cor do cruzeiro para marrom.
Antes da prisão do religioso para depoimento, a prefeita Márcia Lucena chegou a publicar uma mensagem nas redes sociais, discordando da troca de cor no cruzeiro.
Armação?
Segundo a prefeita, o ocorrido se trata de uma armação por dois motivos: o fato de não ter havido uma determinação para a prisão do religioso, combinada com um suposto interesse de adversários às vésperas das eleições municipais.