Pastor que amaldiçoou gays e os comparou à Aids sofre dura derrota na Justiça e perde muito dinheiro

O pastor e ex-secretário Ezequiel Cortaz Teixeira também defendeu o que chamou de ‘cura gay’.

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A Justiça do Rio de Janeiro condenou o pastor e ex-secretário Ezequiel Cortaz Teixeira ao pagamento de uma indenização de R$ 100 mil. A decisão veio após o acusado proferir ofensas contra a população homossexual, chegando a associar os gays ao estigma da Aids. O juiz Sandro Lucio Barbosa Pitassi, que proferiu a decisão, disse que tais declarações ferem a dignidade da população que compreende a sigla LGBTQIA+.

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No ano de 2016, quando era titular da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Teixeira insinuou que o HIV estaria intimamente ligada à homossexualidade, como se esta fosse a causa da doença.

Crendo que a homossexualidade é uma espécie de doença psicológica, o pastor se declara ainda um defensor da chamada “cura gay”, conforme é possível extrair de trecho de entrevista concedida para o jornal O Globo. É dele a autoria do Projeto de Lei nº 4.931/2016, que tramitou no Congresso Nacional durante o seu mandato de deputado federal, desempenhado entre os anos de 2015 e 2019.

“Eu não creio só na cura gay, não. Creio na cura do câncer, na cura da aids… Sabe por quê? Porque eu sou fruto de um milagre de Deus”, declarou na época da polêmica.

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Este não é o primeiro revés que o pastor evangélico sofre em virtude das declarações polêmicas contra a população homossexual. Por conta destas afirmações, acabou perdendo o cargo de titularidade da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, após exoneração assinada pelo então governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.