Auxílio Emergencial: fim do benefício traz cenário de incerteza para economia e liga alerta

Benefício vem sendo pago a milhares de brasileiros desde abril, quando a pandemia do coronavírus se intensificou no país.

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Alento dos brasileiros em tempos de crise por conta do coronavírus, o Auxílio Emergencial já atendeu mais de 65 milhões de pessoas desde a sua criação. O benefício, que representa um alto custo aos cofres públicos, seguirá sendo pago até dezembro. Embora ainda tenha alguns meses de pagamentos, o cenário pós-benefício já é motivo de preocupação.

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Nesta quinta-feira (24), o Banco Central admitiu que o fim do Auxílio Emergencial pode provocar uma desaceleração no consumo das famílias brasileiras, o que, consequentemente, simboliza um cenário de incerteza acerca da velocidade da retomada econômica a partir do fim do ano.

As consequências do benefício no consumo das famílias foi verificado no box especial do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) que foi publicado nesta quinta-feira (24). O box enfatiza que o Auxílio Emergencial liberou cerca de R$ 37 bilhões por mês aos brasileiros de baixa renda, “o que representa uma transferência da ordem de 12% da renda mensal de 2019”. 

Em outro box do RTI, o BC mostra, ainda, que o consumo da população de baixa renda vem se recuperando do choque da Covid-19 de forma mais acelerada do que o consumo da classe alta. “É provável que a atenuação da queda do consumo nesse grupo esteja associada ao auxílio emergencial a pessoas em situação de vulnerabilidade”, analisa. 

Até dezembro

Depois de ter sua prorrogação oficializada no início deste mês, o benefício, que nesta nova fase ganhou o nome de Auxílio Emergencial Residual será pago até o dia 31 de dezembro. O calendário com as novas cotas para os demais beneficiários que não são do Bolsa Família, deve ser divulgado até a próxima semana. No entanto, nem todos terão direito às quatro parcelas, como foi sinalizado no texto da Medida Provisória.

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