O governo federal anunciou a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial por mais quatro meses no começo de setembro, mas baixou o valor de R$ 600 para R$ 300. O calendário do novo ciclo de pagamentos já foi definido pelo governo e beneficiários do Bolsa Família começaram, na semana passada, a receber nova parcela do auxílio emergencial.
O valor menor não agradou a todo mundo. A única forma, porém, de o pagamento voltar a ser de R$ 600 é via Câmara dos Deputados. O governo federal publicou a Medida Provisória 1.000, que definiu o novo valor do pagamento do auxílio emergencial em R$ 300. A única forma de reverter a decisão e fazer o valor aumentar é colocando a MP em votação e o parlamento a derrubando.
As MPs têm validade de 120 dias a partir do momento em que são publicadas. O objetivo do governo é que ela não seja colocada em votação. Quando ela expirar, no começo do próximo ano, todos os benefícios já terão sido pagos com o valor de R$ 300. Se for colocada em votação, o governo terá que convencer deputados a votarem ao seu lado, defendendo o novo valor de pagamento.
Nenhum centavo a menos! Precisamos que o Parlamento vote a MP 1000 e amplie o valor do auxílio de 300 para 600 reais!!!!
— Jandira Feghali 🇧🇷🚩 (@jandira_feghali) September 22, 2020
Deputada Jandira Feghali pressiona para parlamento votar a MP 1.000
Muitos deputados têm usado as redes sociais para se manifestarem à favor da prorrogação do auxílio emergencial. A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) foi uma delas. No Twitter, a parlamentar se manifestou. “Nenhum centavo a menos! Precisamos que o Parlamento vote a MP 1.000 e amplie o valor do auxílio de R$ 300 para R$ 600”, afirmou.
A decisão de colocar em votação cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia já declarou que concorda com o governo federal em manter o valor em R$ 300. O presidente da Câmara também disse que se a MP for votada, o governo terá que trabalhar sua base.