Em tempos de pandemia do coronavírus, a utilização de máscara de proteção em locais públicos e fechados com grande fluxo de pessoas se tornou indispensável para evitar uma maior disseminação da Covid-19. Na Argentina, no entanto, um padre disse aos fiéis em uma cerimônia festiva que eles não precisavam usar o acessório.
Como justificativas, o religioso Ariel Mantelli indicou que o coronavírus não entra na igreja e afirmou que aqueles que morrem em decorrência da doença “vão primeiro para Deus“.
O caso aconteceu na província de Justiniano Posse, município de Córdoba, que possui cerca de 8.500 habitantes. Antes da missa realizada no dia 8 de setembro, a localidade ainda não havia registrado nenhum caso da Covid-19. Contudo, depois disso, 16 casos de infectados foram diagnosticados e cerca de 1 mil pessoas tiveram de ser colocadas em quarentena.
Depoimento dos fiéis
Pessoas que compareceram à missa realizada na paróquia da Natividade de Maria confirmaram que o padre defendeu a retirada das máscaras, e também não respeitou os protocolos de distanciamento mínimo entre as pessoas.
“Não é preciso ter medo da morte porque aqueles que morrerem [agora] vão primeiro para Deus”, disse o padre, de acordo com relato de fiéis.
Responsável pelo hospital local, o diretor Oscar Gomez disse que os casos da Covid-19 devem crescer ainda mais na província, uma vez que os infectados tiveram contato com outras pessoas.
Se esquivando da imprensa, o padre Mantelli é alvo de uma investigação do Ministério Público Federal por conta dessa postura contrária à todas as medidas de segurança orientadas pelas autoridades de saúde.
Por conta do posicionamento, o padre Ariel Mantelli teve o seu perfil no Facebook deletado por estar colocando a quarentena em risco e ser abertamente contra vacina.