Auxílio Emergencial: prorrogação limitada do benefício tira 6 milhões de brasileiros das novas parcelas

Nova prorrogação do Auxílio Emergencial já foi anunciada, mas ainda depende de aprovação no Congresso Nacional.

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No dia 1º de setembro, o presidente Jair Bolsonaro anunciou uma nova prorrogação do Auxílio Emergencial. Alento dos brasileiros em tempos de pandemia, o benefício foi estendido até o mês de dezembro, no entanto, teve uma redução de 50% no valor das novas cotas, que passaram de R$ 600 para R$ 300.

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Além disso, conforme o texto da Medida Provisória desta extensão, publicado no Diário Oficial da União, e também pelo que foi sinalizado até o momento pelo Ministério da Cidadania, nem todos os beneficiários receberão as novas parcelas de forma integral. Isto porque, o benefício só será pago até dezembro, período este que uma boa quantidade de brasileiros ainda estará recebendo parcelas anteriores.

De acordo com a Folha de S. Paulo em apuração com fontes ligadas ao Ministério da Economia, cerca de seis milhões de beneficiários não devem receber de forma integral as novas parcelas. A pasta estuda uma economia de R$ 5,7 bilhões com estes cortes. 

Se as novas regras previstas na Medida Provisória não fossem impostas os gastos mensais com o Auxílio Emergencial Residual seriam em torno de R$ 25,4 bilhões, diante da decisão do governo, estas cifras devem cair para R$ 19,7 bilhões.

Indefinição

Apesar do cronograma da sexta parcela – primeira cota adicional de R$ 300 – ser iniciada nesta quinta-feira (17) para beneficiários do Bolsa Família, os demais grupos ainda vivenciam a incerteza diante da falta de divulgação do calendário por parte do Ministério da Cidadania. A publicação do novo calendário será determinante para se comprovar oficialmente esta redução no número de cotas para alguns beneficiários.

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Para os que tiveram seu respectivo cadastro aprovado no programa somente em julho, somente uma cota deve ser liberada, ou seja, perderia três parcelas. Neste cenário, somente quem recebeu a primeira parcela em abril terá 100% das novas parcelas.