Alento dos brasileiros em tempos de crise, o Auxílio Emergencial tem sido uma válvula de escape para a economia do país, no entanto, tem representado em gastos expressivos e inéditos nos cofres públicos. Nesta quinta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal não fará uma nova prorrogação além dos cinco meses já previstos.
Em uma live feitas nas redes sociais, o chefe do Executivo lamentou o cenário, mas afirmou que o país mergulharia em um endividamento expressivo, o que pode acarretar em uma inflação alta.
“Não vai ter uma nova prorrogação porque o endividamento cresce muito, o Brasil perde muito, perde confiança, juros podem crescer, pode voltar a inflação”, disse Bolsonaro.
“A gente lamenta, eram três meses, nós prorrogamos para mais dois, cinco meses, e agora acabou. Criamos um outro auxílio emergencial, não mais de R$ 600, mas de R$ 300, não é porque eu quero pagar menos não, é porque o Brasil não tem como se endividar mais”, afirmou o presidente.
Ainda na transmissão, o chefe do Executivo falou sobre o programa Renda Brasil, que deve figurar como substituto do Auxílio Emergencial em 2021. Valores do benefício ainda estão sendo discutidos, e tem sido o motivo do entrave do programa ainda não ter sido oficializado.
Cronograma do Auxílio Emergencial
Até o momento, o Ministério da Cidadania só anunciou o calendário de pagamentos para beneficiários que integram o programa Bolsa Família. Este grupo começará a receber a primeira cota adicional de R$ 300 a partir do dia 17 de setembro. A ordem de pagamento se dá através do dígito final do NIS.
Os demais grupos ainda não conhecem o cronograma de pagamento. Segundo o texto da Medida Provisória, publicado no Diário Oficial da União (DOU), o governo federal pagará o benefício até dezembro. Diante disso, somente quem recebeu a primeira parcela em abril, terá as quatro cotas de R$ 300 liberada. Já os beneficiários cadastrados posteriormente, receberão um volume menor de parcelas, fato que tem deixado milhares de brasileiros incomodados e revoltados com a postura.
Desde o início da pandemia, o Auxílio Emergencial já atendeu mais de 67 milhões de pessoas, representando assim gastos astronômicos aos cofres federais.