Dono de relojoaria que ajudou menino engraxate e viralizou com história recebe notificação da justiça

O vídeo viralizou nas redes sociais no começo do mês de agosto e emocionou os internautas.

PUBLICIDADE

O empresário Paulo Cézar da Silva,  dono de uma relojoaria, se comoveu com a história de um garoto que engraxava sapatos com o intuito de juntar dinheiro para comprar um presente para o Dia dos Pais. O comerciante ficou sensibilizado com a determinação do garoto e resolveu ajudar o pequeno Mário, de 10 anos. 

PUBLICIDADE

O fato aconteceu no começo do mês de agosto, perto do Dia dos Pais. O dono da relojoaria registrou o momento em um vídeo, que foi gravado em Catalão, estado de Goiás. A criança de 10 anos estava trabalhando engraxando sapatos para poder juntar o dinheiro e presentear o tio, pessoa que ele considera como um pai. Assim que o vídeo foi compartilhado na web gerou grande comoção entre os internautas.

No entanto, aquilo que era para ser visto apenas como um gesto de solidariedade ao próximo, acabou se tornando um problema judicial. Depois que as imagens viralizaram nas redes sociais, o MPT-GO – Ministério Público do Trabalho do estado notificou o comerciante. O motivo da notificação teve como alegação apologia ao trabalho infantil.

O vídeo que viralizou mostra Paulo Cézar dando o relógio para a criança. Ele também devolveu o dinheiro que o pequeno havia pagado pelo produto. Comovido com a atitude do menino Mário, de 10 anos, o empresário resolveu dizer algumas palavras: “Continue trabalhando, que Deus tem projeto na sua vida, que Deus vai te fazer um grande homem e que o trabalho dignifica”, falou Paulo.

PUBLICIDADE

Mário acabou recebendo vários presentes, e o empresário ganhou muitos elogios. Contudo, o MPT acabou recebendo denúncias de crime de apologia ao trabalho infantil. Por causa disso, o comerciante foi intimado a prestar esclarecimento na justiça. O órgão explicou que o empresário fez errado ao falar para o menino que ele pode trabalhar.

Paulo precisou assinar um TAC – Termo de Ajustamento de Conduto referente ao caso. Ele está proibido de conceder entrevistas para falar sobre o assunto. Caso descumpra alguma das clausulas do acordo, ele vai ter que pagar uma multa referente ao valor de 10 mil reais.