Wilson Witzel acusa Jair Bolsonaro de ter motivado o seu afastamento: ‘Estou incomodando prendendo miliciano?’

O governador afastado diz ser vítima de perseguição política a mando de Jair Bolsonaro, que estaria utilizando da PGR para seus atos.

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O governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi afastado de suas funções pelo prazo de 180 dias após decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em entrevista após a operação da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (28), o político disparou uma série de ataques, classificando os acontecimentos como um “circo” e uma “decepção”.

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Também esteve na pauta de acusações do governador afastado o presidente da República, Jair Bolsonaro. Segundo Wilson Witzel, foi o Chefe do Executivo quem motivou a decisão, diante do que considera ser um uso político das atribuições conferidas para a Procuradoria Geral da República (PGR).

“Estou incomodando prendendo miliciano?”, questionou Witzel, durante anúncio à imprensa, nesta manhã. “Isso é um ultraje à democracia”, prosseguiu o governador fluminense. “Estou realmente preocupado com o caminho que o Brasil está tomando. Eu já falei como as democracias morrem, é aniquilando adversários”, reiterou o governador afastado, que acredita ser vítima de perseguição política.

Wilson Witzel questionou ainda a suposta inexistência de provas encontradas durante a execução dos mandados de busca e apreensão. De acordo com o governador afastado, a PGR estaria perseguindo os governadores da oposição por acusações rasas e infundadas.

O nome de Jair Bolsonaro foi citado diversas vezes por Wilson Witzel durante a coletiva de imprensa após o seu afastamento do cargo. Ele recordou que por vezes o presidente da República teria declarado “que quer o Rio de Janeiro”, além de lhe acusar por perseguição ao clã Bolsonaro.

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