Há mais de um ano sendo investigada pelo assassinato do marido, o Pastor Anderson do Carmo, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) mantém uma rotina de trabalho normal na Câmara durante todo este tempo. Neste ano, a deputada participou de 218 votações nominais e teve 13 projetos protocolados.
Nesta segunda-feira (24), a cantora gospel foi indiciada e denunciada por homicídio triplamente qualificado, por ter financiado a arma usada no crime e por ter tentado, com cinco filhos e uma neta, envenenar Anderson; e só não foi detida por possuir imunidade parlamentar. Flordelis nega todas as imputações de ter participado no crime que teria sido praticado por disputa de dinheiro e poder.
No entanto, diante da denúncia ocorrida ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou que o caso seria avaliado. Já o presidente do partido em que Flordelis atua, Gilberto Kassab, anunciou que iria suspendê-la e instaurar um processo de expulsão.
A deputada evangélica não é o primeiro caso em que um parlamentar é indiciado por assassinato. O mais conhecido é o ex-deputado federal e ex-coronel da Polícia Militar, Hidelbrando Pascoal. O homem da motosserra era reconhecido nos corredores da Câmara dos Deputados por ter uma fala mansa, um olhar tranquilo, um andar esquálido e fama de mau.
Em 1999, Hidelbrando foi cassado e expulso do partido PFL, após ser acusado de liderar um grupo de extermínio no Acre. Em 2009, ele foi condenado pelo assassinato frio de um inimigo que foi esquartejado vivo.