O caso da menina de 10 anos que precisou fazer um aborto após ser vítima de estupro chocou o país nos últimos dias Ainda internada no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, em Recife, a criança começa a dar os primeiros sinais de alívio depois de ter interrompido uma gravidez fruto de abuso sexuais que já sofria há anos.
Em entrevista ao jornal O Globo, a enfermeira e coordenadora Paula Viana que representa o Grupo Curumim, parceiro do programa Pró-Marias, que atende vítimas de violência na unidade hospitalar, relatou uma expressiva mudança de comportamento da menina de 10 anos após a interrupção da gravidez.
Acompanhando a garota desde o desembarque dela em Recife, no último domingo (16), Paula Viana relatou que no primeiro contato com ela, a menina apresentava um semblante sério e fechado. Passado toda a aflição acerca do procedimento, o semblante dela mudou totalmente.
“Ela estava com uma cara de alívio, completamente diferente. Mais solta, me olhou radiante mostrando os presentes que ganhou”, disse a enfermeira Paula Viana.
Presentes
O quarto onde a menina ficou internada posteriormente ficou cheio de brinquedos, canetas para colorir, doces e chocolates, que foram enviados por apoiadores.
Segundo Viana, em nenhum momento a menina falou sobre o que se passou, e mostrou uma ansiedade para ter uma vida normal. “Uma vez ela disse que queria acabar com aquilo logo para poder jogar bola. A conversa dela é para frente, falando de futebol, cachorros, banho de mar”, disse Viana.
Acusado de ter abusado a menina por anos, o tio da vítima foi preso na última terça-feira (18), em Betim, cidade de Minas Gerais.