OMS toma decisão drástica sobre primeira vacina registrada contra a Covid-19

País europeu anunciou nesta terça-feira (11) que conseguiu registrar primeira vacina contra Covid-19 no mundo

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Através de seu presidente, Vladimir Putin, e de autoridades de saúde, a Rússia surpreendeu o mundo nesta terça-feira (11) ao anunciar que conseguiu registrar a primeira vacina contra a Covid-19. O desenvolvimento do imunizante em tempo recorde, superando todos os fortes concorrentes, deixou alguns cientistas “descrentes” da eficiência do produto, intitulado pelos russos de Sputinik 5.

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Diante do anúncio dos russos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) resolveu se posicionar, e revelou que não recomendará o imunizante Sputinik, principalmente pela ausência dos resultados de ensaios clínicos de fases anteriores exigidas para o registro da vacina. 

A informação foi divulgada pelo diretor assistente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa da Silva Jr.

De acordo com Jarbas, a OMS não recebeu da Rússia nenhuma informação técnica sobre o imunizante que o país registrou. A entidade já está em contato com o governo russo para discutir alguns procedimentos de pré-qualificação. 


“Uma vacina só pode ser aplicada em qualquer lugar do mundo depois que realizar os ensaios clínicos das fases 1, 2 e 3 e comprovar sua segurança e sua eficácia”,
disse Jarbas Barbosa.

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Acerto com o Paraná

Ao que tudo indica, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), deve assinar a parceria com a Rússia, para viabilizar a produção do imunizante europeu em solo nacional. O convênio possivelmente será assinado às 14h (de Brasília), desta quarta-feira (12).

A responsabilidade de operação das etapas do imunizante, desde pesquisas até aplicação na população será do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

Apesar do cenário de evolução, a vacina russa só deve ser aplicada na população brasileira no segundo semestre de 2021, uma vez que passará por uma bateria de testes antes.