Bolsonaro polemiza ao ‘justificar’ número elevados de mortes por Covid-19 e gera revolta

Chefe do Executivo utilizou suas redes sociais para falar mais uma vez do cenário de pandemia no país.

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No último domingo (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou uma live para conversar com seus seguidores e com a população nacional. Após o país atingir a marca de 100 mil mortes em decorrência da Covid-19, o chefe do Executivo afirmou que lamenta cada morte, “seja qual for a sua causa”, contudo, polemizou ao ligar o isolamento social como possível causa de outros óbitos no Brasil.

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No último balanço divulgado pelo consórcio de imprensa, o Brasil acumulava 101.136 mortes pela Covid-19, enquanto o número de infectados já ultrapassou a barreira dos 3 milhões. No dia em que o Brasil atingiu as 100 mil mortes, Bolsonaro evitou de falar sobre o índice expressivo, alfinetou a Rede Globo de Televisão e destacou o número de pacientes recuperados, que está na casa dos 2,1 milhões.

Para justificar a sua opinião contra o isolamento social, o chefe do Executivo compartilhou um artigo que foi publicado no jornal Daily Mail.

“Conclui-se que o lockdown matou 2 pessoas para cada 3 de covid no Reino Unido. No Brasil, mesmo ainda sem dados oficiais, os números não seriam muito diferentes”, escreveu o presidente da república.

Totalmente oposto

A declaração e opinião de Jair Bolsonaro é totalmente contrária do que os especialistas e autoridades sanitárias afirmam. Em pesquisas recentes que foram divulgadas,  dados mostram que o número de óbitos teria sido exponencialmente maior se não houvesse isolamento.

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No levantamento feito pela Universidade Federal Rural do Rio (UFRRJ), mesmo o isolamento social não sendo praticado à risca no Brasil, evitou que quase 10 milhões de pessoas fossem contaminadas. 

Repercussão

Nas redes sociais, inúmeros brasileiros criticaram a postura do presidente em criticar o isolamento.

“Como pode criticar o isolamento ainda e sair impune? Quantos mais morreriam sem isolamento algum?”, disse um usuário do Twitter.

“100 mil mortos e não temos ministro da Saúde”, lembrou outro.