Hipertensão arterial é uma enfermidade que acomete muitas pessoas no Brasil e no mundo. Inicialmente, não causa tanto pavor como outras doenças, mas ela pode sim trazer danos mais graves ao paciente hipertenso. E, além disso, a Anvisa vem alertando que um remédio muito utilizado para o tratamento da patologia aumenta o risco de que o indivíduo desenvolva câncer de pele não-melanoma.
Pacientes que sofrem de hipertensão arterial estão num grupo de maior risco para AVC – Acidente Vascular cerebral. Também podem sofrer mais facilmente com aneurismas e infartos, por exemplo, pois o coração encontra maior dificuldade para bombear o sangue e distribuí-lo pelo corpo.
O risco de câncer aumenta devido ao fato do uso contínuo do medicamento, que acaba por causar acúmulo de uma substância no organismo, a hidroclorotiazida. A Anvisa acata a recomendação do EMA – Agência Europeia de Medicamentos e do seu Comitê de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária relata que o medicamento com ação diurética ajuda a controlar edemas (inchaços e retenções de líquido), por isso é usado no tratamento da hipertensão, mas que a substância hidroclorotiazida mostrou em estudos uma relação dose dependente, o que significa que o aumento contínuo da dose se relaciona diretamente com os seus efeitos.
Neste caso, os efeitos são o aumento do risco de câncer de pele e também do câncer de lábios. Segundo os estudos, a ação fotossensibilizadora do medicamento facilita a absorção da substância nociva pela pele ou mucosas labiais.