Explosão destrói quase todo o estoque de grãos do Líbano; o que sobrou durará ‘pouco menos de um mês’

Em medida emergencial, o governo do país está providenciando a importação de novas cargas de grãos para o abastecimento interno.

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Em entrevista para a Reuters, o ministro da Economia do Líbano, Raoul Nehme, declarou que o país possui estoque de grãos para “pouco menos de um mês”. Boa parte dos alimentos eram mantidos em estoque na zona portuária de Beirute, e foram destruídos com a forte explosão provavelmente desencadeada por nitrato de amônio ocorrida na tarde desta terça-feira (4).

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Por não ser um forte produtor agrícola, o Líbano depende das importações para o abastecimento interno. O ministro da Economia afirma que, para um ambiente confortável, é necessário manter um estoque de pelo menos três meses. Nehme declara que o governo central está tomando as medidas necessárias. Cargueiros estão em direção ao país para o reabastecimento.

A grande preocupação agora, além do reabastecimento, é encontrar um novo lugar para o depósito. De acordo com Ahmed Tamer, diretor do porto de Trípoli (segunda maior cidade do Líbano), o silo utilizado em Beirute, destruído pela explosão, era capaz de armazenar até 120 mil toneladas de grãos. Do total, cerca de 15 mil toneladas eram mantidas em reserva.

Tamer afirma que a zona portuária de Trípoli não pode estocar grãos. Apesar disso, algumas zonas da região podem oferecer a estrutura adequada. O governo ainda não divulga oficialmente o local escolhido para a armazenagem.

Ahmed Hattit, chefe do sindicato dos importadores de trigo, afirmou ao jornal local Al-Akhbar que quatro cargueiros estão se deslocando rumo ao Líbano. Juntas, as embarcações somam a quantia de 28 mil toneladas de trigo, o suficiente para abastecer provisoriamente o país.

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