Autoridades do Líbano divulgaram no fim da tarde desta terça-feira (4) as possíveis causas da explosão que causou destruição na cidade de Beirute, capital do país. Abbas Ibrahim, major-general e diretor-geral da Inteligência Libanesa, declarou para uma emissora de televisão local que nitrato de amônia pode ter sido o desencadeador da explosão.
O material químico havia sido confiscado de um navio que atracou no porto de Beirute há cerca de um ano, e desde então vinha sendo mantido em um dos depósitos da zona portuária da capital. “Foram 2.700 toneladas de amônio que explodiram e estavam a caminho da África”, disse ao canal LBCI News.
Em contrapartida, o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, declarou que a explosão pode ter sido motivada por um carregamento de nitrato de amônio, em peso estimado na casa das 2.750 toneladas. O material, também depositado em um dos galpões, estaria no porto de Beirute há pelo menos seis anos.
“Não descansarei até que a pessoa responsável pelo que aconteceu o responsabilize e imponha as penalidades mais severas porque é inaceitável que um carregamento de nitrato de amônio esteja presente há 6 anos em um armazém sem tomar medidas preventivas”, disse o primeiro-ministro, segundo a LBCI News.
A mesma linha de raciocínio do primeiro-ministro é seguida por Walid Jumblatt, uma das principais lideranças do Partido Socialista Progressista do Líbano. Ele cita o nitrato de amônio como desencadeador da explosão, embora afirme que o material estaria mantido no porto há quatro anos. Tais declarações foram feitas para a rede de televisão Sky News Arabia.