Brasileira, que mora no Líbano, relata os momentos de pânico vividos após forte explosão em Beirute

A zona portuária da capital do país foi acometida por uma forte explosão, resultando em um número ainda não confirmado de pelo menos 10 mortos.

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A brasileira Rosaly Bouassi, que mora no Líbano, concedeu uma entrevista para a GloboNews na tarde desta terça-feira (4), logo após a forte explosão que atingiu a zona portuária de Beirute, capital do país. De acordo com a testemunha, o tremor foi tão forte que, a princípio, imaginou se tratar de um terremoto.

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“O meu bairro não é tão perto, mas sentimos aqui como se fosse um terremoto. O prédio balançou, os vidros quebraram, as cadeiras da sala de jantar ficaram cada uma para um lado. Foi muito forte, terrível”, contou Rosaly, em um dos trechos da entrevista. Ela destaca que parte da estrutura do prédio onde mora foi danificada, como as janelas.

O Líbano sofre muitos problemas na atualidade. Não bastasse a crise pelo coronavírus, há forte instabilidade política, crise econômica e insatisfação com o governo. Apesar de tantas adversidades, Rosaly pondera que os libaneses estão dando um belo exemplo de solidariedade, com ajuda mútua após a tragédia.

“Cada um está tentando ajudar aos outros. Os danos são terríveis, tudo muito lamentável e muito triste. As pessoas esqueceram da Covid neste momento”, afirma a brasileira.

De acordo com a agência Reuters, em conversa com fontes extraoficiais do país, incluindo agentes da saúde e da segurança, são ao menos dez mortos contabilizados até o momento. Já a rede libanesa de transmissão LBCI noticiou que existem mais de 500 vítimas sendo atendidas neste momento no hospital Hotel Dieu, localizado na região de Beirute. Uma campanha em massa de doação de sangue está sendo veiculada no país.

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