Como a Covid-19 chega ao cérebro e provoca danos? Apresentador Rodrigo Rodrigues foi um desses casos

O novo coronavírus pode causar danos em vários órgãos, inclusive o cérebro.

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Na última semana o Brasil perdeu um querido apresentador do canal SporTV, Rodrigo Rodrigues. Famoso no mundo dos esportes, ele deixou profunda tristeza entre fãs, amigos e familiares. Infelizmente, Rodrigo Rodrigues acabou se tornando mais uma vítima da Covid-19 no país.

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O apresentador tinha apenas 45 anos, era jornalista, músico e fã da música Let It Be, dos Beatles. O time do coração era o Flamengo e a morte tão inesperada pegou todos de surpresa. Com a perda de Rodrigo Rodrigues ficou ainda mais evidente que a Covid-19 não é apenas uma doença que acomete os pulmões, ela é bem mais complexa.

A Covid-19 pode chegar até outros órgãos e fazer graves estragos, inclusive no cérebro. Aliás, foi isso que aconteceu com o apresentador do SportTV. A verdade é que o coronavírus pode afetar o corpo inteiro de uma pessoa. Nos pés, a enfermidade pode causar dedos arroxeados, inchação e até vermelhidão na região da pele.

Já na região das pernas, a enfermidade provoca dor muscular e fadiga. Também pode atacar o sistema digestivo, provocando vômito e náuseas. Pode afetar rins, fígado e coração nos pacientes mais graves. Contudo, os problemas respiratórios são os mais conhecidos.

O reflexo do coronavírus no sistema nervoso

Estudiosos tem notificado o aumento de AVCs entre os pacientes infectados com a Covid-19. As causas ainda estão sendo estudadas pelos especialistas, mas existem três hipóteses principais, porém todas estão conectadas a primordial que é a formação de coágulos de sangue que acabam entupindo as veias ou artérias do organismo e que vão prejudicar a circulação sanguínea no cérebro.

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“Três mecanismos possibilitam que o AVC ocorra em quem está infectado pelo novo coronavírus: a lesão do endotélio (revestimento dos vasos sanguíneos) pela infecção do vírus; o aumento de fatores sanguíneos (proteínas que podem ser alteradas pela virose) que estimulam a trombose; e estase venosa, que é a diminuição da velocidade do fluxo de sangue, o que aumenta a tendência de coagulação”, explica o especialista no assunto, doutor Leonardo Augusto Wendling Henriques.

A doença ainda não tem um remédio específico para tratamento e a vacina ainda está em fase de testes. Portanto, a melhor forma de evitar o contágio é a prevenção e o isolamento social.