Após receber alta do Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, na Zona Norte, em 1º de julho e ter ficado internada durante sete dias, a idosa Rosa Neves, de 92 anos, acabou falecendo. A morte teria sido em decorrência de complicações provocadas pela síndrome respiratória aguda Covid-19, ocasionada pelo SARS-CoV-2 (coronavírus). A família crê que ela tenha sido infectada ainda durante a primeira internação. O caso ganhou contornos de revolta pelo fato da vítima ter recebido alta hospitalar por estar supostamente curada, segundo os médicos.
As idas e vindas de dona Rosa Neves
A jornalista Gabriela Telles, de 25 anos, neta de dona Rosa Neves, conta que antes de morrer, a avó chegou a retornar à unidade de saúde, com sintomas típicos da Covid-19, como tosse e febre. Sem que a família fosse avisada, houve uma transferência para o Hospital Municipal São José, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Logo depois, Gabriela Telles alega que a avó recebeu alta hospitalar. De fato, não apresentava os sintomas outrora manifestados. Dona Rosa Neves chegou a fazer um teste sorológico, que apontou negativo. Entretanto, carregava consigo o vírus, responsável pela sua morte.
Família acredita em contágio no próprio hospital
Os médicos dizem que, nas duas internações, Dona Rosa Neves testou positivo para o coronavírus. A família questiona a informação, pois até o momento não foi apresentado nenhum laudo comprovando a informação. As suspeitas são de que a idosa foi infectada na primeira internação.
“A minha família acredita que ela tenha contraído o vírus no hospital, na primeira internação, porque daria tempo de aparecerem os sintomas da covid-19. Acreditamos que ela tenha tido, anteriormente, uma pneumonia, que também já teve em outros momentos”, declara a jornalista Gabriela Telles.