Tido como um dos epicentros da pandemia do coronavírus, o Brasil segue registrando números elevados da Covid-19. Apesar do cenário preocupante, a declaração da cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, dada nesta sexta (24), encheu os brasileiros de esperança. Isto porque, segundo ele, as vacinas contra a doença poderão ser aprovadas com mais rapidez, se comprovadas a sua eficácia e segurança na imunização.
De acordo com Swaminathan, o processo de testes para comprovar a eficácia dos imunizantes geralmente demoram anos. Contudo, podem ser acelerados apenas para seis meses por conta da pandemia.
Apesar disso, ela reforçou a importância de garantir segurança total neste processo.
“Embora a velocidade seja importante, ela não pode acontecer ao custo da comprovação dos padrões de eficácia e segurança. Não é o caso de que a primeira vacina será apressadamente injetada em milhões de pessoas sem estabelecer se realmente protege e se é suficientemente segura para uso em larga escala na população”, disse Swaminathan.
Diversas vacinas
De acordo com a OMS, 166 vacinas com potenciais contra a Covid-19 estão sendo desenvolvidas no mundo. Destas, 24 já estão sendo testadas em humanos e algumas delas já com estágio avançado.
No Brasil, três imunizantes estão sendo testados em voluntários: a vacina de Oxford, do Reino Unido, a Coronavac, da China, e outro modelo desenvolvido em parceria entre a Pfizer e a BioNTech.
Para a aprovação, uma vacina tem que passar por todos os ensaios clínicos durante meses e comprovar a sua eficácia. Nesta distribuição de testes dos imunizantes, metade dos voluntários recebem placebo, para ser feito um paralelo de evolução entre os dois grupos.
Números altos
No último balanço divulgado, o Brasil já ultrapassava a marca de 2,2 milhões de infectados e mais de 84 mil óbitos em decorrência da Covid-19.