Treze freiras morrem em um convento, vítimas do coronavírus: ‘Espalhou como fogo’

A madre superiora do convento revelou que o vírus se espalhou rapidamente entre as irmãs.

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Em um convento em Livonia, em Michigan, Estados Unidos, treze freiras morreram após serem infectadas pelo coronavírus, segundo informou Suzanne Wilcox English, porta-voz do local. Destes óbitos, doze foram registrados no período de um mês, sendo que outras freiras também foram infectadas, mas seguem em tratamento.

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As freiras que morreram contaminadas pela Covid-19 tinham idade entre 69 e 99 anos, elas moravam no convento e trabalhavam como professora, organista, bibliotecária, enfermeira, entre outras funções.

Segundo a Global Sisters Report, uma destas freiras era executiva da Secretaria de Estado do Vaticano. A agência ainda declarou sobre estas 13 mortes: “Podem ser a pior perda de vidas para uma comunidade religiosa desde a pandemia de influenza de 1918“.

Mary Andrew Budinski, que é a madre superiora do convento, contou que primeiro ficou sabendo que duas auxiliares contraíram o coronavírus e completou: “Atingiu as irmãs no segundo andar e se espalhou como fogo. Não nos davam números. Mas todo dia diziam: ‘outra irmã’, ‘outra irmã’, ‘outra irmã’… Foi muito assustador“.

A madre superiora também chegou a ser infectada, em meados de abril ela ficou em estado grave e pensou que morreria, mas conseguiu vencer a doença. A religiosa contou que sentia tantas dores pelo corpo que chegou a pedir a Deus que a levasse.

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Apesar da saudade que todos sentem das freiras que faleceram e do risco de novos casos, elas tentam retomar a vida no convento. Ninguém foi aos funerais e as visitas ao local estão proibidas.

As irmãs também estão mantendo o distanciamento entre elas, para se prevenirem, pois, não querem perder mais nenhuma companheira.

O convento ainda conta com 52 freiras e elas não ficarão juntas, pelo menos até que uma vacina consiga oferecer proteção contra o coronavírus.