Brasil monta estratégia de guerra para combater nuvem de gafanhotos

País é dono de uma das maiores frotas da avião agrícola no mundo e planejamento contra nuvem de insetos já está elaborada.

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Diante do alerta emitido pela Argentina acerca de uma nuvem de gafanhotos que vem avançando, o governo brasileiro e o setor agrário já uniram forças para evitar eventuais danos às lavouras e plantações. Dono de uma das maiores frotas de aviação agrária do mundo, o país pode utilizar até 400 aviões para a aplicação de agrotóxicos, liberados pelo Ministério da Agricultura.

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Cerca de 70 aeronaves já estão posicionadas em locais estratégicos para possíveis utilizações. De acordo com Gabriel Coller, diretor-executivos do Sindicato Nacional das empresas de Avião Agrícola, o cenário de avanço da nuvem dos gafanhotos tem deixado os produtores rurais aflitos. Ele, no entanto, destaca que os aviões são apenas um dos meios para contornar a situação.

Decidido a auxiliar no processo de “guerra”, o Ministério da Agricultura deve liberar cerca de R$ 600 mil para ajudar no combate à nuvem de gafanhotos. Em reunião realizada na última quarta-feira (22), em Brasília, a ministra Tereza Cristina e o secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, se comprometeram a movimentar todos os esforços. 

Avanço

De acordo com os sistemas de monitoramento, os gafanhotos continuam se movimentando e avançando em direção ao solo nacional. Na última análise, os insetos estavam a cerca de 10 quilômetros da fronteira da Argentina com o Uruguai e a 100 quilômetros do sul do Brasil. 

Como os insetos são capazes de sobrevoar até 150 quilômetros diários, ainda há o grande risco deles chegarem ao Brasil. Em maio, a primeira nuvem de gafanhotos surgiu. Contudo, somente no mês seguinte que o fenômeno despertou a atenção dos produtores nacionais. Nos países vizinhos como Paraguai e Argentina, um fluxo maior vem sendo registrado.

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