Cientistas criam teste que é capaz de detectar câncer até 4 anos antes

Pesquisadores desenvolveram exame capaz de detectar câncer de forma precoce.

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Cientistas da Califórnia e Chineses, nos Estados Unidos, conseguiram desenvolver um novo exame de sangue que tem capacidade para detectar até cinco tipos de câncer de maneira precoce. A pesquisa foi publicada nesta última terça-feira, 21 de julho. O teste conseguiu detectar os cânceres de fígado, estômago, esôfago, pulmões e colorretal até quatro anos antes que métodos convencionais.

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Os resultados da pesquisa foram divulgadas pela revista Nature Communications, que faz parte do grupo Nature, considerado um dos mais importantes do mundo. O teste recebeu o nome de PanSeer, e foi eficiente detectando o câncer em 95% dos indivíduos que foram diagnosticados com a enfermidade de 1 a 4 anos após o exame, mas que ainda não apresentavam nenhum tipo de sintoma na época da coleta.

O índice de acerto do exame foi de 91% no câncer de esôfago e chegou a 100% no de fígado. Além disso, vale ressaltar que o teste encontrou a doença em 88% dos pacientes que já tinham recebido o diagnóstico de tumor na ocasião do teste. O PanSeer ainda foi capaz de conseguir reconhecer amostras que não apresentavam a doença em 95% dos casos.

Os pesquisadores alertam que o exame não funciona para prever se a pessoa vai ter câncer ou não. Na verdade, o que reamlente acontece é a identificação de quem já possui algum tipo de tumor e ainda continua sem apresentar nenhum tipo de sintoma para os métodos atuais de detecção.

O médico especialista, Fernando Maluf, falou sobre a pesquisa e afirmou que se realmente a eficiência do exame for confirmada é algo bem positivo, já que quanto mais cedo o câncer for identificado, melhor os índices de cura para o paciente. Ele ainda ressaltou que se o teste se configurar útil, os mesmos mecanismos poderão ser usados em outros tipos de tumor. “Vai ser um dos maiores avanços possíveis: conseguir detectar e diagnosticar um câncer de forma tão precoce que a chance de cura é de quase 100%”, avaliou o oncologista.

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As amostras dos pacientes foram coletadas como parte de um estudo maior, que foi lançado pela Universidade Fudan, que fica em Xangai, na China. Foram usadas no estudo mais de 120 mil amostras, coletadas entres os anos de 2007 e 2017. Vale frisar que os pacientes foram submetidos a exames regulares ao longo desse período.