Covid-19: mulher morre após médicos usarem cloroquina sem aval da família

A vítima estava entubada, não poderia ter autorizado o tratamento, mas sim a família.

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Diante da pandemia provocada pelo coronavírus, a discussão acerca da eficácia da hidroxicloroquina tem repercutido bastante no cenário nacional. Segundo a maioria dos estudos realizados até o momento, não foi comprovado nenhum tipo de benefício gerado pelo medicamento em relação ao tratamento de pessoas vítimas da Covid-19.

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Em entrevista ao jornal Bhaz, da capital mineira, Zileide Silva do Nascimento, de 56 anos, contou detalhes sobre a internação e o tratamento realizado em sua irmã, Zemilda Silva do Nascimento Gonçalves, vítima da Covid-19.

Zileide contou que sua irmã passou duas semanas internada no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, considerado, na região, referência no tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus. Ao relatar sobre uma ligação recebida de um médico, ela disse que sua irmã estava com um quadro estável, mas que a equipe médica iria iniciar o tratamento com a hidroxicloroquina.

A medicação com a cloroquina foi feita durante um intervalo temporal de cinco dias, no entanto, uma semana após o término da aplicação do remédio, Zemilda veio a falecer. Em um momento emocionante do relato, Zileide conta que a família sequer pode ver o corpo da mulher, pois o Hospital não forneceu roupas apropriadas para que os familiares tivessem acesso à ala dos pacientes com Covid-19.

O caso de Zemilda foi considerado um desrespeito ao protocolo do Ministério da Saúde em relação à aplicação da hidroxicloroquina. No caso, Zemilda estava entubada quando começou a receber a medição, sendo assim, não poderia ter autorizado o uso do medicamento; dessa forma, o certo a ser feito é pedir a autorização da família, o que não foi feito. A irmã da falecida apenas foi informada que o tratamento seria iniciado, não foi feito nenhum tipo de questionamento ou esclarecimento aos familiares.

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