Diante do cenário de crise instaurado no país por conta da pandemia do coronavírus, o Auxílio Emergencial tem sido um alento para os brasileiros. Desde o início, um grupo formado por 163 organizações da sociedade civil se mobilizou em prol de uma renda básica. Após conseguir efetivar o aumento do benefício de R$ 200 para R$ 600 junto ao governo, por intermédio de um abaixo-assinado, este grupo agora foca suas atenções na renda básica permanente.
Aproveitando que nesta semana será instalada a Frente Parlamentar que defende a Renda Básica, este grupo pretende lançar um documento para a voz do povo seja ouvida.
“Estamos apostando nisso como um dos caminhos importantes para encaminhar nossa proposta. Se o governo quiser conversar, estamos dispostos a sentar para que não seja desperdiçada, novamente, como ocorreu com o auxílio emergencial, toda a inteligência em política social que existe no país”, afirmou Leandro Ferreira, presidente da Rede Brasileira de Renda Básica.
O intuito do documento é dar parâmetros para orientar uma construção baseada em três princípios:
- Renda como direito humano
- Política de Renda Básica como redutor das desigualdades
- Solidariedade ao seu financiamento
Segundo os organizadores, o movimento tem como base o critério de renda, e não se a pessoa tem emprego formal ou já recebe outros benefícios, como ocorre com o Auxílio Emergencial.
Parcelas adicionais
A Caixa Econômica Federal começou a pagar a primeira parcela adicional do Auxílio Emergencial nesta segunda-feira (20) para beneficiários cadastrados no Bolsa Família. Para os demais brasileiros, cadastrados via site ou aplicativo o depósito na poupança digital começa na próxima quarta (22).
As duas parcelas de R$ 600 serão as últimas pagas pela governo federal. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro classificou como inviável prorrogar o programa por mais tempo, tendo em vista um grande déficit na economia nacional.