Ele está prestes a conseguir. O ministro Paulo Guedes, que nunca escondeu a vontade de ressuscitar o imposto do cheque, a antiga CPMF, que onerava o consumidor final sobre os custos de toda a cadeia produtiva, finalmente está prestes a ter êxito.
Com a função de ser o imposto sobre transações eletrônicas, que atinge os meios de pagamento, como de boletos, cartões e afins, a intenção é financiar o projeto que deve substituir o Bolsa Família, batizado como Renda Brasil, que deve funcionar a partir de outubro.
No plano inicial, a ideia é de que o novo imposto tenha duração de 2 anos e sua alíquota seja de 0,2% sobre as operações eletrônicas, das quais, ainda não se teve maior revelação de quais seriam.
Embora seja ano de eleição e o Congresso demonstre alguma resistência à criação de novos impostos, o Governo já vem atuando nos bastidores na tentativa de diminuir a objeção e conseguir, finalmente, aprovar a sonhada ‘CPMF’. Essa nova versão, segundo o ministro da Economia, seria ‘menos cruel’ que a anterior.
As empresas encontraram, em meio à pandemia pelo coronavírus, uma forma de amenizar seus prejuízos já que os meios físicos, em grande parte, deixaram de funcionar. Já o representante do governo, viu uma ‘oportunidade’, em suas próprias palavras, com o aumento das vendas por meios eletrônicos.
“Tem que pegar uma base que está crescendo. Para ter ideia, as notas fiscais eletrônicas entre companhias no mês de junho foram 70% acima do que no mesmo mês do ano passado. Mais e mais estamos entrando em um mundo digital. Ora, um imposto”, disse o ministro, que reforçou que a alíquota de 0,2% é ‘pequenininha’, segundo seu ponto de vista.