Médicos surpreendem em projeção de quando será seguro ir ao salão de beleza e bares

Estados de São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro são os mais afetados pela pandemia até o momento.

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O cenário de pandemia ainda segue assolando o Brasil em larga escala, com situações distintas em cada região. No país, muitos estados já iniciaram o processo de reabertura do comércio considerado não essencial. Respeitando protocolos rígidos das autoridades sanitárias, bares, restaurantes, cinemas e academias já estão voltando às atividades.

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Com este tipo de postura, muitos brasileiros se questionam se de fato é seguro sair de sua residência para ir ao salão, comer fora ou até mesmo dar a tradicional saída no fim de semana para beber. Para ajudar as pessoas que estão em dúvida neste sentido, o UOL fez uma matéria ouvindo especialistas da área.

Ao todo, foram oito pessoas entrevistadas, onde a maioria acredita que nem todas essas atividades que estão retomando o seu curso normal deveriam voltar agora. Na visão de alguns, o cenário mais seguro para voltar a frequentar estes lugares seria no fim de ano, enquanto outros ainda não deveriam ter nem uma previsão concreta de regresso.

Dos entrevistados ouvidos, três deles apenas classificam seguro retornar com o atendimento de salões de beleza. Já para compras em lojas de produtos não essenciais, só dois acham correto a autorização. Vale destacar que a opinião não reflete para todo os estados do país, uma vez que ainda há regiões onde o número de casos estão crescendo exponencialmente nas últimas semanas.

Na visão de Estevão Urbano, infectologista e membro do comitê de luta contra a Covid-19 em Belo Horizonte, este não é o momento para reabertura de bares.

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“É uma ilusão. É uma forma de nós todos justificarmos determinados movimentos. Você se justifica falando ‘vai ser tudo regrado, controlado, com distância, higiene’. Só que isso é teoria: a teoria serve para justificar uma prática que não vai acontecer, mas pelo menos você justificou, fez uma lei bonitinha, com parâmetros”, disse Estevão em entrevista ao UOL.

O infectologista é um dos especialistas que classifica que grande parte do comércio e serviços não essenciais só deveriam reabrir no fim do ano. 

Números

De acordo com o boletim mais atualizado, o Brasil já havia ultrapassado a barreira de 1,8 milhão de casos de infectados da Covid-19 e mais de 72 mil óbitos em decorrência da doença.