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O Brasil ultrapassou nesta última sexta-feira, dia 10 de julho, a marca de 70 mil mortes causadas pelo coronavírus e o número de vítimas fatais continua aumentando. A Covid-19 já causou o dobro de mortes em comparação à gripe espanhola no Brasil, que entre 1918 e 1920 tirou a vida de 35 mil pessoas.
Nas últimas 24 horas foram 1.214 mortes em decorrência do coronavírus e o Brasil já tem quase 2 milhões de casos confirmados, sem contar as subnotificações.
Especialistas se mostram preocupados porque diante de tudo isso, o país vai retomando sua economia, autorizando o retorno da população ao trabalho e com isso aumenta a chance de contágio.
A gripe espanhola erradicou cerca de 2,7% da população do planeta, na época foram 50 milhões de mortes em decorrência da doença e 500 milhões foram infectadas. O novo coronavírus já infectou mais de 12 milhões de pessoas e 551 mil vieram a óbito por causa da Covid-19.
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chorou ao fazer um apelo para que as pessoas fiquem mais unidas e os países se tornem parceiros nesta batalha contra o vírus. Tedros ressaltou que o coronavírus está fora de controle e aos prantos implorou por uma humanidade mais unida.
“A grande ameaça que enfrentamos agora não é o vírus em si, mas a ameaça é a falta de liderança e solidariedade em níveis globais e nacionais“, disse Tedros Adhanom em Genebra, na Suíça.
O próprio Brasil se mostra dividido diante desta pandemia, pois alguns acreditam que é cedo para a retomada da economia e que o isolamento social deveria ser mantido, enquanto outros aprovam o retorno à ‘normalidade’, bastando apenas tomar algumas precauções.