‘Calada, cabisbaixa, num canto da casa’: o relato do filho ao encontrar mãe em cárcere privado após oito anos

Em visita à mãe, o filho recebeu às escondidas o pedido de socorro, e foi direto para a delegacia especializada no atendimento à mulher.

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Policiais da Delegacia de Atendimento à Mulher de Campo Grande prenderam em flagrante, nessa quarta-feira (8), no bairro da Prata, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, um acusado de manter a esposa em cárcere privado e constantes agressões por um período aproximado de oito anos. O salvamento ocorreu graças ao filho da vítima, que em visita à mãe, recebeu um bilhete escondido. Por sorte, conseguiu fotografá-lo e pedir ajuda para a polícia.

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Teor do bilhete 

A delegada que cuida do caso, Mônica Areal, titular da delegacia especializada, conta que no texto redigido pela vítima havia relatos de agressões físicas, violência psicológica, com constantes ameaças para que pudesse se tornar permanente o cárcere que perdurou por ao menos oito anos. 

A vítima vive uma união estável com o seu agressor que dura oito anos. Neste tempo, era impedida de sair de casa desacompanhada por ele, não podia receber visitas, e até o uso do celular era regulado. Apenas quando estivesse ao seu lado poderia utilizar o aparelho, tudo isso sob ameaças constantes. 

Família já desconfiava 

A mesma delegada alega que o filho da vítima chegou até a delegacia muito nervoso. A família já suspeitava que algo de errado acontecia com a mulher, desde que ela iniciou o atual relacionamento. Na última visita que fez, por exemplo, a mãe se manteve calada, cabisbaixa e isolada em um canto da casa. 

Uma equipe da delegacia foi até a casa do casal, fazendo a prisão do autor por cárcere privado. A pena é de 2 a 5 anos de prisão. Ele foi conduzido para o sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça até que haja o devido julgamento.

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