Família defende neto que desenterrou e dançou com cadáver da avó: ‘Amor e cumplicidade’

Ele foi abordado após ser visto andando com cadáver nos ombros, após desenterrá-lo do cemitério.

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Nos últimos dias, a história de um homem que desenterrou a própria avó e dançou com o seu corpo sem vida repercutiu em todo o Brasil. Nesta sexta-feira, 3 de julho, o portal de notícias G1 contou um pouco da história de André Augusto Januário da Silva, de 35 anos de idade. De acordo com a família do homem, ele sofre de esquizofrenia e tinha uma relação muito próxima com a idosa. 

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A avó que foi desenterrada era como unha e carne com André, que acabou sendo preso pela ação. A mãe de André, Damiana Januário da Silva, de 55 anos, contou que a idosa lutou meses contra um câncer e havia falecido há dois anos. A morte da avó teria deixado André ainda mais fora de si. A mãe conta que eles tinha “amor e cumplicidade” e que o filho esquizofrênico não conseguiu entender essa morte. 

“Ele sempre ficou ao lado da avó. Quando ela estava viva, ele dizia que nunca deixaria ela ir embora. Quando ela se foi, ele dizia que ia buscá-la. Se já é difícil para nós entendermos a partida, imagine para uma pessoa com transtorno mental. É um amor que só Deus sabe explicar”, contou a mãe do rapaz, que chegou a ser amarrado nu, após ser visto dançando com o corpo da avó.

A mãe de André disse que a avó do rapaz o ajudou a ser um homem melhor e que o rapaz era grato por isso. Damiana conta que as pessoas, no geral, não entendem que o filho sofre de um transtorno mental e que fazem piadas constantes com ele. 

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Desde os 17 anos, o homem preso sofre de esquizofrenia. Ele chegou a ser internado em uma clínica psiquiátrica, mas a família por falta de dinheiro, não pôde manter um tratamento que não fosse o público e nem sempre este esteve disponível. Wilson Gonzaga, psiquiatra, disse ao G1 que processar o luto é diferente e que apenas com tratamento ele pode entender melhor a realidade.