PGR segue Polícia Federal e pede depoimento de Bolsonaro no caso Moro

Presidente da República poderá escolher se depoimento será por escrito ou pessoalmente.

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O procurador-geral de República, Augusto Aras, concordou com um pedido da Polícia Federal e encaminhou na última quinta-feira (02) o parecer ao Supremo Tribunal Federal, recomendando que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preste depoimento no inquérito que investiga uma suposta interferência do chefe do Executivo na PF, como foi denunciado pelo ex-ministro Sergio Moro.

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Ainda no documento, Aras deixa a liberdade para que o presidente escolha a maneira que prefere depor: se por escrito ou presencialmente. Caso Bolsonaro escolha a opção de ir pessoalmente depor, ele poderá escolher a data e o local.

A medida ainda será autorizada pelo ministro relator do caso no STF, Celso de Mello. Se for levado em conta o modelo de inquérito que tratou do presidente Michel Temer, em 2017, a tendência é que Bolsonaro possa responder as perguntas por escrito. Somente depois que deixou a presidência da República, Temer foi ouvido presencialmente na sede da Polícia Federal.

“Por fim, para a adequada instrução das investigações, mostra-se necessária a realização da oitiva [depoimento] do presidente da República Jair Messias Bolsonaro a respeito dos fatos apurados”, diz um trecho do documento despachado pela polícia judiciária. 

Declaração de Moro

Em sua saída do Governo, no fim de abril, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, deu fortes declarações acusando o presidente Jair Bolsonaro de interferir de forma política no trabalho da Polícia Federal, pedindo inclusive a troca de comando para que pudesse colher informações sobre investigações, algo rechaçado pelo chefe do Executivo.

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