Morte de cantor causa revolta popular e 81 pessoas morrem durante os protestos

Artista que cantava músicas com teor político foi assassinado na última segunda-feira (29).

PUBLICIDADE

A morte do cantor e compositor Hachalu Hundessa, bastante conhecido na Etiópia, causou grande comoção popular. Hachalu era da região de Oromia, onde vive o maior grupo étnico do país do continente africano. A morte dele não foi bem aceita pela população local.

PUBLICIDADE

Hachalu era famoso por suas músicas de protestos e com viés político. O cantor morreu a tiros no bairro Akaki Kality, em Adis Abeba, capital da Etiópia, na segunda-feira (29). Milhares de pessoas foram as ruas protestar contra a morte do artista famoso e tudo acabou muito mal no país.

De acordo com a polícia da região de Oramia, ao menos 81 pessoas morreram nos protestos que se intensificaram e tornaram-se violentos. De acordo com as informações divulgadas pelo delegado Ararsa Merdassa à imprensa local, todos os óbitos ocorreram na região que inclui a capital do país. 

Mais de 80 pessoas morrem em protestos por morte de cantor

De acordo com o delegado Ararsa, o saldo de mortes foi muito alto. Oitenta e uma pessoas perderam a vida nos confrontos violentos. Segundo Ararsa, 78 das vítimas eram civis. Três integravam as forças de segurança. Do total de óbitos, sete foram registrados em Adis Abeba.

PUBLICIDADE

Hachalu fazia músicas em que defendia os direitos dos oromos. O enterro ocorreria nesta quinta-feira (2). Cerca de 30 pessoas já foram presas pela polícia por causa dos protestos. Há um grande viés político por trás de tudo que está acontecendo. O líder opositor oromo, Bekele Gerba, por exemplo, foi preso. O ativista Jawar Mohammed também.