Choro e desespero: enterro de Ítallo, menino de 7 anos baleado na cabeça, é marcado por revolta

Cerca de 250 pessoas estiveram no cortejo fúnebre, e a emoção tomou conta do cemitério em São João de Meriti.

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Ítallo Augusto de Castro de Amorim, de 7 anos, foi enterrado no Cemitério Vila Rosali, em São João de Meriti, no fim da manhã desta quinta-feira (2). Uma multidão com aproximadamente 250 pessoas compareceu ao cortejo fúnebre, marcado por forte comoção e muita revolta. O menino foi vítima de uma bala perdida, provavelmente disparada por criminosos, segundo a polícia e testemunhas, enquanto brincava na porta de casa.

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Polícia Civil investiga a morte de Ítallo

As autoridades policiais trabalham na tentativa de apurar quem foi o autor do disparo que acertou o menino na cabeça. Nesta sexta-feira (3), um depoimento está marcado com familiares de Jonathan da Silva Carvalho. Ele foi assassinado por criminosos da comunidade do Sebinho, logo após a morte de Ítallo.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) quer saber se ele teria participado do ataque que terminou na morte da criança.

Relembre o caso

A criança vivia com a família em uma pequena casa de três cômodos. A mãe é a única fonte de renda da família, acrescida nos últimos dias pelo auxílio emergencial liberado pelo governo federal para o combate da crise financeira decorrente do novo coronavírus.

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Ítallo brincava na porta de casa com outros amigos quando foi alvejado na cabeça. Testemunhas alegam que não houve troca de tiros. Um motociclista passou pelo local e, ao ver uma viatura da polícia militar estacionada, disparou aleatoriamente vários tiros.

“Foram muitos tiros e alguns bateram num carro. Se não fosse isso, teriam atingido mais pessoas”, relembrou a vizinha Carlene Pereira Passos, que estava na companhia de Ítallo e seus filhos, que brincavam no local.