O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta voltou a usar o Twitter para lamentar o alto número de mortes em decorrência da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e criticar de forma indireta o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Mandetta foi ministro da Saúde do início do mandato de Bolsonaro, em janeiro de 2019, até abril deste ano, quando deixou o cargo, após embates públicos com o presidente em meio a pandemia causada pelo novo coronavírus. A saída de Mandetta foi comemorada por alguns e lamentada por outros.
Mandetta deseja força ao SUS
Defensor do Sistema Único de Saúde (SUS), Mandetta lamentou as mortes. Nesta quarta-feira (1º), o Brasil chegou a triste marca de 60 mil mortes. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país registra 60.632 óbitos por Covid-19 desde março, quando houve a primeira morte.
“Mais de 60.000 pessoas perdidas. Nau sem rumo. Força SUS. Força Minas, Região Centro-Oeste e Região Sul. Governos passam. Quem preserva A VIDA pode ter a chance de comemorar o que a CIÊNCIA trará”, afirmou Mandetta, claramente dando indiretas a Bolsonaro.
Mais de 60000 pessoas perdidas . Nau sem rumo . Força SUS. Força Minas , Região Centro Oeste e Regiao Sul. Governos passam. Quem preserva A VIDA pode ter a chance de comemorar o que a CIÊNCIA trará!!!#fiqueemcasa
— Henrique Mandetta (@mandetta) July 2, 2020
Mandetta foi demitido por Bolsonaro
O ex-ministro e o presidente da República não se entendiam em relação aos protocolos para combater à Covid-19. Bolsonaro era defensor ferrenho do uso da cloroquina. Mandetta, baseado nas pesquisas científicas, era mais reticente quanto ao uso do remédio. Na queda de braço, o presidente decidiu dispensar seu subordinado.
Para o lugar de Mandetta, Bolsonaro escolheu o médico oncologista Nelson Teich, que ficou no cargo por apenas um mês. Desde maio, a pasta é ocupada interinamente pelo general Eduardo Pazuello.