Nascida em Salvador, a cientista Jaqueline Goes de Jesus ganhou os jornais do Brasil e do mundo por conta de um feito inédito. Juntamente com a colega Ester Sabino, coordenou os trabalhos que levaram ao sequenciamento do genoma do primeiro caso de coronavírus registrado na América Latina.
A partir destas preciosas informações será possível compreender a maneira como a epidemia se espalhou em nosso país, bem como auxiliar no desenvolvimento de futuras vacinas e remédios eficazes contra a Covid-19.
Jaqueline e a contribuição no combate ao coronavírus
O feito protagonizado pela cientista brasileira é ainda mais impressionante pelo fato de ter sido concluído em apenas dois dias. Formada no curso de biomedicina pela escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e pós-doutoranda no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo da USP (IMT-USP), Jaqueline trabalha há pelo menos dez anos na área.
Dentre suas pesquisas, contribuiu para o sequenciamento genético do zika vírus durante o surto de 2015 e 2016, além de prestar trabalhos com vigilância genômica dos arbovírus, os causadores de outras doenças que assolaram o nosso país, tais como a chikungunya, febre amarela e dengue.
Reconhecimento
Desde que as notícias relativas ao feito de Jaqueline se tornaram públicas, ela viu o seu perfil no Instagram pular de algumas centenas de seguidores para mais de 167 mil. A ideia é utilizar a rede social como mecanismo difusor de seus trabalhos e pesquisas científicas.
Outra causa pela qual Jaqueline é engajada diz respeito ao reconhecimento das minorias, sobretudo dos negros e das mulheres. Ela foi homenageada pelo colunista Maurício de Souza, virando a personagem Milena na Turma da Mônica, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, além de já ter sido capa da revista Raça.