Pular para o conteúdo 
A morte do garoto Ângelo Rodrigues França, de apenas 12 anos, no Centro Covid 2 de combate à Covid-19, na zona norte de Macapá, capital do Amapá, deixou a família revoltada. Os familiares de Ângelo alegam que ele foi levado ao local sem necessidade, já que testes apontaram que ele não estava com Covid-19. O garoto tinha sintomas de sarampo, que se agravaram devido à asma.
Vanessa Rodrigues, irmã de Ângelo, contou ao G1 como tudo aconteceu. A família mora na cidade de Santana, localizada a 17 quilômetros de Macapá. O primeiro atendimento a Ângelo foi feito no Hospital Estadual da cidade. O garoto chegou a voltar para casa, mas teve recaída.
“Até que o médico transferiu ele para o PAI (Pronto-Atendimento Infantil) onde tinha respirador. Ele ficou quase 10 dias internado e estava se recuperando bem, chegou até a retirar a entubação. Ele foi transferido para o Centro Covid sem nosso conhecimento, na terça-feira (19), e na quarta-feira (20) ele faleceu”, afirmou Vanessa.
Atestado de óbito mostra que garoto morreu de Covid-19
De acordo com o atestado entregue à família, a causa da morte foi Covid-19. Familiares alegam que testes realizados na rede particular e no PAI deram negativo. A desconfiança é que o garoto tenha sido infectado pelo coronavírus no Centro Covid 2. Segundo Vanessa, essa é a suspeita dos enfermeiros que o atenderam no PAI, antes da transferência.
Outro problema, aponta a irmã, é que o menino foi transferido sem autorização e a família só ficou sabendo quando o pai dele foi visitá-lo no hospital. Outra informação que revoltou a família foi descobrir que não havia respiradores infantis no Centro Covid 2. O corpo de Ângelo foi enterrado em um caixão fechado.