Empresa desenvolve cama que vira caixão como solução mórbida para o coronavírus

A ideia dos desenvolvedores é contornar a crise funerária oriunda do caos implantado pela pandemia do novo coronavírus.

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Na Colômbia, uma empresa de publicidade desenvolveu uma alternativa para contornar a falta de leitos hospitalares e caixões para as vítimas do novo coronavírus: unir as duas coisas em uma só. Da ideia surgiu uma espécie de cama de papelão, revestida com grades de metal nas laterais, que pode se transformar em urna caso o paciente venha a falecer.

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Crise funerária pelo coronavírus

De acordo com o gerente da empresa, Rodolfo Gómez, a solução foi pensada após assistir o caos vivido no Equador, país vizinho localizado na América do Sul. Em um dos locais mais afetados, a cidade costeira de Guayquil, famílias que não tinham condições de enterrar os seus entes queridos ficaram com eles expostos dentro de casa por vários dias.

Além de ser um desrespeito com o finado, fora a experiência traumática para a família, há um grave risco de contágio pelo agente infeccioso, uma vez que a morte não cessa a possibilidade do corpo infectado continuar disseminando o coronavírus.

Intenção é doar parte das camas

Rodolfo Gómez diz ainda que a ideia da empresa é doar parte da produção no interior do país, sobretudo nos pontos mais críticos. A ABC Displays é voltada para o ramo da publicidade, estando sediada na capital, Bogotá. As atividades estão paralisadas desde o início da pandemia, que já faz quase 9.500 vítimas confirmadas.

As camas podem suportar um peso de 150 kg e custam cerca de US$ 85 cada. Goméz afirmou que trabalhou com uma clínica particular no projeto e espera que ele seja colocado em prática.
“As famílias pobres não têm como pagar por um caixão”, recorda o gerente da ABC Displays.

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